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01 de março de 2024

Encarnações do Amor Divino! O ser humano necessita principalmente de duas qualidades: devoção a Deus e espírito de sacrifício. Sem sacrifício não pode haver devoção. O sacrifício é a chave para a imortalidade. O ser humano está enredado nas espirais do egoísmo e do egocentrismo. Até quando persistirão tais apegos? Por que sacrificar a bem-aventurança duradoura de uma vida orientada para o Divino pela insignificância efêmera de posses materiais? Dediquem-se ao serviço da humanidade com espírito de dedicação e sublimem as suas vidas. Sem dúvida, o trabalho é importante para se ganhar o sustento, porém estejam prontos até mesmo a sacrificá-lo em prol da nação e na defesa da Verdade, com fé em Deus. Todas as posses e relacionamentos são transitórios. Apenas duas coisas são permanentes: a Retidão e uma boa reputação, conquistada exclusivamente por meio de ações virtuosas e não como uma dádiva concedida por outrem. Evitem o mal, cultivem boas companhias e tenham bons pensamentos, palavras e ações. (Discurso Divino, 1º de outubro de 1987)

Sri Sathya Sai Baba

02 de março de 2024

Analisando o valor e a importância relativa de objetos e poderes, os seres humanos devem renunciar à identificação do “Eu” espiritual com o corpo físico e, assim, reconhecer a sua verdadeira Realidade. Quem age desse modo se eleva ao nível do mais nobre entre eles. Sorri, brinca e se movimenta sem dar atenção às necessidades ou ao conforto do corpo. Quem é vinculado ao corpo está preso no ciclo de nascimentos e mortes. No entanto, para aquele que está livre desse vínculo, o campo de atividade é a sua própria natureza! O vento, os raios e os trovões não têm existência permanente. Quando chega a estação das chuvas, aparecem no firmamento e nele se fundem. Similarmente, a alma individual ou jivi parece, durante um período específico de tempo, estar separada do plano de fundo de Brahman – o Absoluto –, até que, finalmente, alcança a fusão com Ele! (Upanishad Vahini, cap. 9 – Chandogya Upanishad)

Sri Sathya Sai Baba

03 de março de 2024

O corpo, a mente e o Ser Interno – todos três integram a entidade que é o ser humano. São inextricavelmente interdependentes. Quando se tornam discrepantes, a vida perde o seu significado. Ela encontra a sua plenitude quando o corpo está sujeito à mente e esta é guiada pelo Ser Interno. Se apenas o corpo predomina, o ser humano se rebaixa ao nível animal. Se a mente prevalece sobre o corpo e os órgãos dos sentidos, atinge-se o nível humano. Se o Ser Interno prevalece sobre a mente e o corpo, obtém-se a plena percepção do Divino. Reconhecendo esse fato, a Bhagavad Gita indicou um tríplice caminho para se chegar à Divindade: 1) ocupar o corpo em ações virtuosas; 2) usar a mente para desenvolver pensamentos elevados e qualidades humanas; e 3) contemplar a Deus por meio da adoração ao Divino. Por meio desses três passos, o ser humano alcança o estágio em que, assim como um rio se une ao oceano, ele se funde no Absoluto. Este é o processo pelo qual o ser humano se torna um com o Divino. (Discurso Divino, 28 de setembro de 1984)

Sri Sathya Sai Baba

04 de março de 2024

Nesta Kali Yuga ou Idade de Ferro, o Princípio do Amor Divino não se manifesta facilmente, pois a inveja, a presunção, o ódio, o medo, a falsidade e a ambição o sufocam. Eis por que esta era é mais conhecida como a “era das facções”, marcada por disputas entre mães e filhas, pais e filhos, professores e alunos, entre gurus e entre irmãos. A repetição do nome de Krishna é o método mais eficaz para purificar a mente de todos esses impulsos maléficos. Vocês poderão perguntar: “Como poderemos ganhar o nosso sustento se nos dedicarmos a essa prática?” Bem, deixem-Me assegurar-lhes que, se tiverem fé pura e inabalável no Senhor, Ele os proverá não simplesmente de alimentos, mas do néctar da imortalidade. Vocês têm um imenso potencial para descobrir o Senhor dentro de si mesmos e persuadi-Lo a lhes conceder esse néctar! (Discurso Divino, 14 de agosto de 1964)

Sri Sathya Sai Baba

05 de março de 2024

O Senhor revelou ao príncipe Arjuna e, por conseguinte, a toda a humanidade que fica satisfeito com a devoção oferecida pelos aspirantes à Sua Graça. Ele declara, no capítulo 12, verso 19, da Bhagavad Gita: “Aquele que tem genuína devoção é amado por Mim”. O devoto oferece orações, culto e os seus pensamentos, palavras e ações a Deus, a quem reveste com uma Forma e um Nome, além de atributos como Amor, Compaixão, Sabedoria e Poder. Os devotos, na sua maioria, buscam de Deus saúde, riqueza, poder e fama – todos bens triviais, que proporcionam prazer momentâneo. A Graça Divina confere a dádiva mais preciosa, que é o Amor do Senhor. O ser humano pode afirmar com orgulho que ama a Deus, sentindo-se realizado, mas essa realização o levará apenas à metade do caminho, sem ganhos significativos. É somente quando Deus responde: “Ele é amado por Mim” que um indivíduo pode afirmar ter obtido a Sua Graça. E como alguém pode se tornar “amado” por Deus? A Gita enfatiza duas qualificações para isso: 1) estar sempre contente; e 2) ter firme determinação. Ele deve estar sempre satisfeito e alegre, sem dar importância às mudanças da sorte. A devoção não deve ser uma representação, uma fase passageira, uma exibição artificial e superficial! (Discurso Divino, 2 de agosto de 1986)

Sri Sathya Sai Baba

06 de março de 2024

A mente salta de objeto em objeto com incrível velocidade. Eleva-se às alturas e mergulha nas profundezas a cada piscar de olhos. Esconde-se, ilude e distorce. Só é possível subjugá-la por meio da concentração. Pode-se realizar esse processo em duas direções. Na primeira, denominada “arupa”, que significa “sem forma”, o indivíduo sente que não é ele quem executa a ação ou desfruta do seu resultado; é apenas um agente de Deus, uma ferramenta, um instrumento, e não é afetado, quer a ação resulte em algo positivo ou negativo. Ele não se identifica com a forma ou com o corpo. Já na meditação “sarupa”, isto é, “com forma”, ele se perde nas dualidades do prazer e da dor, do ganho e da perda, pois considera válidos o nome e a forma, o corpo e as suas atividades. Similarmente, o ser humano tem a opção de escolher entre dois caminhos: o do envolvimento ou o do não envolvimento. Ao escolher o caminho do envolvimento, ele é confrontado com os seis inimigos internos: a luxúria, a raiva, a ganância, o apego, o orgulho e o ódio. Por outro lado, quando opta pelo caminho do não envolvimento, é auxiliado pelos seis amigos internos: o controle dos sentidos, o controle da mente, a fortaleza, o contentamento, a fé e a equanimidade. O corpo humano é divinizado como um templo, é verdade, mas é preciso expulsar os inimigos e dar entrada aos amigos para que o Divino possa ali se instalar! (Discurso Divino, 6 de maio de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

07 de março de 2024

O Festival do Shivaratri nos conscientiza de que a mesma Divindade é onipresente e se encontra em toda parte. Em nossas experiências diárias há diversos exemplos que revelam a Sua existência em todas as pessoas. Considerem um cinema; na tela se veem rios inundando e submergindo toda a terra ao seu redor. Embora a cena esteja repleta de águas transbordantes, a tela não fica molhada por uma gota sequer. Em outro momento, a tela mostra vulcões em erupção, lançando línguas de fogo, porém ela não é queimada. Ou seja, a tela que serve de base para todas essas imagens não é afetada por nenhuma delas. Similarmente, na existência humana, o bem ou o mal, a alegria ou a tristeza, o nascimento ou a morte vêm e vão, mas não afetam o Ser Interno! No cinema da vida, a tela é o Ser Interno – é Shiva, é Shankara, é a Divindade. Quem entender essa verdade será capaz de compreender e desfrutar a vida e nela encontrar a plenitude! (Discurso Divino, 17 de fevereiro de 1985)

Sri Sathya Sai Baba

08 de março de 2024

O ser humano deve buscar somente a Deus. Uma vez que se assegure a graça Divina, tudo o mais será obtido com facilidade. Mas, para atingir esse propósito, o ser humano deve se libertar do apego, do medo e do ódio. Todas as suas ações devem ser realizadas como uma oferenda a Deus, que é onipresente. A vigília e o jejum observados na noite do Shivaratri se tornaram uma farsa. A verdadeira vigília e jejum consistem em concentrar os pensamentos em Deus durante toda a noite. A Graça de Deus é uma consequência direta das ações de cada indivíduo, que deve fazer uma análise para ver com que espírito está realizando a sua adoração. Somente por meio da firmeza e da fé se pode ter a plena percepção do Divino que está no interior de todos. Quando o ser humano reconhecer essa verdade, não haverá mais espaço para más qualidades. Encarnações do Amor Divino! Dediquem-se ao cumprimento dos seus deveres. Não desperdicem o seu tempo nem o dos outros com conversas fúteis. Começando pelos deveres individuais, visem a unidade com o Divino como o objetivo máximo. O Shivaratri é uma ocasião auspiciosa para se concentrar a mente em Deus. Dediquem pelo menos essa noite inteiramente à contemplação do Divino, excluindo todos os demais pensamentos e preocupações. (Discurso Divino, 19 de fevereiro de 1993).

Sri Sathya Sai Baba

09 de março de 2024

De acordo com a numerologia, as três primeiras sílabas da palavra Shivaratri – “shi”, “va” e “ra” – conotam os números 5, 4 e 2, e a última sílaba, “tri”, significa “três”. Os números 5, 4 e 2 formam uma unidade, uma imagem composta dos onze Rudras. “Rudra” significa “aquele que faz o ser humano chorar”. Os onze Rudras são: os cinco sentidos da percepção, os cinco sentidos da ação e a mente. Ao conduzirem o ser humano à busca de prazeres triviais e transitórios, esses Rudras arruínam a sua vida e o fazem chorar. Contudo, se ele busca e se apoia no Ser Interno, este lança os seus raios naqueles onze e os torna parceiros significativos no progresso do indivíduo rumo à autorrealização. Os raios do Ser Interno iluminam a inteligência e esta, assim iluminada, faz com que a mente fique alerta. A mente alerta assume o controle dos sentidos, limpando o caminho para que a pessoa prossiga do conhecimento à sabedoria. (Divino Discurso, 7 de março de 1978)

Sri Sathya Sai Baba

10 de março de 2024

Para assegurar a Graça Divina, não é necessário buscar conhecimento, riqueza, poder ou posição. Apenas a pureza mental é o bastante. Cada célula do corpo do indivíduo é preenchida pelo Divino quando se adora a Deus com devoção pura e focada. Para o devoto que se sacrifica, o Divino será Onipresente. O Senhor está sempre pronto para responder às orações dos devotos. Mas, atualmente, o que se passa por “devoção” é apenas “submersão” no oceano da vida mundana. As pessoas falam sobre o “Divino” (“Divine”), mas estão interessadas apenas em “vinho” (“wine”). Falam sobre “compaixão” (“compassion”), mas se preocupam apenas com modismos (“fashion”). Proferem a palavra “cooperação”, mas se dedicam apenas à “operação”. A devoção foi reduzida a um mero espetáculo  pomposo. O verdadeiro conhecimento só pode surgir quando a pessoa é confrontada com uma crise moral extrema. Assim foi a situação que o príncipe Arjuna enfrentou quando colocado entre dois exércitos beligerantes. O rei Parikshit enfrentou uma crise semelhante quando descobriu que tinha apenas uma semana de vida. É quando tais crises ocorrem que a pessoa pensa em Deus e busca a ajuda divina! (Divino Discurso, 31 de dezembro de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

11 de março de 2024

É preciso transcender a tendência comum de ver a Gita como um mero diálogo entre Krishna e Arjuna, elevando-a ao que realmente é: um diálogo divino entre Ishvara e jivi (Deus e o indivíduo). Atualmente, a recitação da Gita é encorajada como um fim em si mesma, porém essa é apenas uma forma de passar o tempo de modo benéfico! A Gita é um caminho, uma meta, uma conquista; o seu propósito é alcançado pela prática e pela experiência. A voz de Deus como mensagem ao indivíduo é um dom de Graça para todos os seres humanos. Infelizmente, a Gita é interpretada pelas pessoas de acordo com o que dita o seu temperamento. Assim, a mensagem pura e clara fica contaminada. Mais tarde, quando ela é apresentada de diversas formas, produz confusão e conflito. Aqueles que professam ensinar e pregar a religião devem evitar tais consequências e concentrar-se em despertar a fome espiritual e aplacá-la. Há muitos que tentam satisfazer os gostos das pessoas por meio de histórias irrelevantes que maculam o tema espiritual principal. A mensagem só é capaz de conquistar o coração das pessoas quando é vivenciada pelo orador e quando este tem como objetivo unicamente inspirar outros a partilhar da sua alegria! (Discurso Divino, 4 de janeiro de 1987)

Sri Sathya Sai Baba

12 de março de 2024

Se o Amor faz parte da sua natureza, a Verdade estará presente. Se os seus pensamentos emanarem de uma mente purificada pelo Amor, eles se traduzirão em Retidão. Se o Amor se torna parte da sua experiência, dos seus pensamentos e ações, vocês obtêm a Paz. Quando se compreende claramente o Amor, a Não Violência vem automaticamente. Portanto, o Amor é a corrente invisível que une todos os outros quatro valores. Ele pode ser resumido do seguinte modo: Amor como pensamento é Verdade; Amor como sentimento é  Paz; Amor como ação é Retidão; Amor como compreensão é Não Violência. O Amor é o denominador comum de todos esses valores. Ele é a forma de Deus, pois Deus é Amor. Quem dá amor é um ser humano; quem deixa de nutrir esse amor é uma fera. É o Amor, ou a ausência dele, que faz de uma pessoa um animal, um ser humano ou Deus. O cultivo do Amor só é possível  em um coração terno. Mas, em virtude  do apego a objetos mundanos, essa ternura se perdeu. (Discurso Divino, 25 de janeiro de 1985)

Sri Sathya Sai Baba

13 de março de 2024

Atualmente, com a ampla disseminação da educação e a sua associação a mero aprendizado livresco, as pessoas se tornaram céticas. Duvidam até mesmo da afirmação mais simples e se deleitam em discussões acaloradas. Os expoentes da nossa cultura falam de Deus como o Ser Único e também da Sua onisciência, onipotência e onipresença. Ao mesmo tempo, mencionam discordâncias entre os vários aspectos do Divino, lançando sementes da dúvida no coração das pessoas. O Princípio do Absoluto, o Ser Interno Cósmico, é conhecido por diferentes nomes e retratado de diferentes formas, à semelhança do ouro, que é moldado em uma variedade de joias. Tudo é o Absoluto, é o Ser Interno, é o Som Primordial “Om”. “O Ser Interno é o Princípio Divino”, proclamam os Vedas. Deus é Todo-Poderoso e é um sacrilégio atribuir-Lhe fraquezas humanas. Os mitos e lendas sobre o mistério de Deus contêm significados simbólicos que são ignorados. Eles revelam a sua Verdade interna somente àqueles que a buscam. (Discurso Divino, 4 de janeiro de 1987)

Sri Sathya Sai Baba

14 de março de 2024

Os templos desempenham um papel vital no despertar do impulso espiritual no indivíduo, direcionando-o para a percepção da sua divindade inerente. O verdadeiro templo do ser humano é o seu coração; mas, esquecendo-se disso, ele busca templos externos. Erguem-se templos para lembrar às pessoas da existência de Deus. Contudo, o Divino reside no coração de cada indivíduo e é ali que se deve procurá-Lo. Na jornada da vida, as pessoas enfrentam muitas dificuldades, sofrimentos, provações e tribulações. No entanto, poucas se esforçam para compreender a sua divindade intrínseca, o que deveria ser a meta primordial da sua existência. Dedicam considerável cuidado e atenção à preservação do corpo, que é perecível, porém não nutrem bons pensamentos nem praticam boas ações que possam levá-las a obter bem-aventurança duradoura. Os templos oferecem a oportunidade de se estar na companhia dos bons e dos virtuosos; portanto, devem ser usados para o cultivo dessa companhia e para a aquisição de paz de espírito. Não é suficiente frequentá-los como a simples realização de um ritual mecânico. (Discurso Divino, 25 de janeiro de 1985)

Sri Sathya Sai Baba

15 de março de 2024

Sejam como os irmãos Pandavas: tão devotados e disciplinados quanto Arjuna, tão inteligentes e fortes quanto Bhima e firmes e sinceros como Dharmaraja. Então nenhum mal lhes advirá; alcançarão a vitória em todos os seus esforços. Há quatro injunções nas quais devem fixar a sua atenção. A primeira é “Seguir o Mestre”, que significa observar a retidão. A segunda é “Enfrentar o demônio”, isto é, vencer as tentações que os assediam na sua busca pela riqueza. A terceira é “Lutar até o fim”, que significa lutar incessantemente, travar uma guerra contra os seis inimigos internos liderados pelo desejo. A quarta e última é “Atingir a meta”, ou seja, não parar até alcançar a meta que é a liberação da ignorância e da ilusão. Essas quatro injunções são fundamentais para a busca dos quatro objetivos ou metas da vida humana: a retidão, a riqueza, o desejo e a liberação. Estarei sempre com vocês, onde quer que estejam, protegendo-os e guiando-os. Sigam em frente; não temam! (Discurso Divino, 6 de julho de 1975)

Sri Sathya Sai Baba

16 de março de 2024

Por meio de disciplina espiritual contínua e consistente, o indivíduo pode controlar os caprichos da mente, que, com a sua variedade e superficialidade, causam decepção e angústia. É necessário que se esteja consciente do jogo vicioso da mente. Ela apresenta à atenção diferentes fontes de prazer temporário, uma após a outra, sem dar nenhum intervalo para que se pesem os prós e os contras. Quando a fome é saciada, apresenta aos olhos a atração do cinema, lembra aos ouvidos o encanto da música e faz a boca salivar pelo sabor agradável de algo que se deseja muito. O desejo logo se transforma em impulso para a ação, o impulso rapidamente ganha força, e então o anseio se torna incontrolável. O fardo dos desejos vai gradualmente se tornando demasiado pesado e a pessoa fica desanimada e triste. Treinem a mente para se voltar para o intelecto, em busca de inspiração e orientação, em vez de se voltar para os sentidos, à cata de aventuras e conquistas. Isso fará com que ela se torne um instrumento para auxiliá-los a reduzir os seus caprichos e a economizar tempo e energia para questões mais importantes. (Discurso Divino, 1º de abril de 1975)

Sri Sathya Sai Baba

17 de março de 2024

Todos devem respeitar os outros como se fossem os seus próprios parentes, com a mesma centelha e natureza divinas. Então haverá produção eficaz, consumo econômico e distribuição equitativa na sociedade, o que resultará na paz e na promoção do amor. Acontece que o amor baseado na divindade inata está ausente e, portanto, existe exploração, logro, ganância e crueldade. Se o ser humano se conscientizar de que todos são “células” do corpo de Deus, não será mais desvalorizado. Atualmente, embora seja um diamante, ele trata a si mesmo e é tratado pelos demais como se fosse um pedaço de vidro! O ser humano só poderá cumprir a sua missão na Terra quando reconhecer a própria divindade e reverenciar todos os seus semelhantes como divinos. Deve adorar a Deus na forma humana que se apresentar diante dele, seja a de um mendigo cego, um ignorante, um leproso, uma criança, um velho decrépito, um criminoso ou um louco. Por trás desses véus, ele deve ver Sai – a divina Encarnação do Amor, do Poder e da Sabedoria – e adorá-Lo por meio do serviço altruísta. (Discurso Divino, 1º de abril de 1975)

Sri Sathya Sai Baba

18 de março de 2024

O Senhor não insiste em que todos sigam um só caminho e aceitem uma única disciplina. Há muitas portas para a Sua mansão. A entrada principal é, no entanto, a superação do apego, e foi isso o que Krishna exortou o príncipe Arjuna a alcançar. Desanimado, Arjuna deixara que o arco lhe escorregasse da mão porque estava dominado por um tipo de apego ilusório. Krishna teve que lhe demonstrar o seguinte: os parentes que ele temia matar, os mestres que  desejava que vivessem, aqueles a quem amava ou odiava eram todos simples instrumentos da Vontade Divina, fantoches manipulados pelas mãos do Senhor. Isso destruiu o apego de Arjuna, que assim prosseguiu com a sua tarefa sem se apegar às consequências. Isso fez dele o receptor da maior lição da história – uma lição valiosa tanto para quem crê em Deus quanto para quem é ateu, já que um e outro se apegam às consequências das suas tarefas, o que aumenta a sua ansiedade e duplica a sua angústia quando se sentem desapontados! A superação do apego é necessária para assegurar a ambos alegria duradoura. Nem um nem outro levará daqui sequer uma ínfima parte das suas realizações; poderão obter a gratidão dos seus semelhantes, mas somente por meio do sacrifício e do amor! (Discurso Divino, 28 de março de 1967)

Sri Sathya Sai Baba

19 de março de 2024

Quando um avião cruza o céu, não deixa marcas nele – nenhum rastro duradouro, nenhum sulco ou buraco que vá interferir no tráfego futuro. De igual maneira, permitam que todos os sentimentos e emoções passem pela sua mente, mas sem deixarem nela uma impressão. Pode-se conseguir isso por meio de reflexões e questionamentos silenciosos internos, mais do que ouvindo palestras ou estudando em livros. Ensinam-se criancinhas a andar com a ajuda de um instrumento de três rodas – um andador –, que elas seguram e impulsionam. Similarmente, para o ser humano, o som cósmico primordial “Om” é como um andador, um triciclo cujas três rodas são representadas pelas letras “A”, “U” e “M”. Segurando-o, ele poderá aprender a usar os dois pés, ou seja, a devoção e o desapego. Se por acaso soltar esse andador, cairá no chão, impotente! Por outro lado, se seguir em frente, com o auxílio da repetição constante do som cósmico primordial, certamente será capaz de obter a plena percepção da glória do Divino, da glória do Absoluto, que é a própria substância do Universo. (Palavras de Sathya Sai, vol. 6, cap. 27)

Sri Sathya Sai Baba

20 de março de 2024

Vocês não precisam renunciar ao seu lar, à sua casa e fugir para a floresta. Não há garantia de que eles não os seguirão até o silêncio e a solidão que ali existem! Isso porque, se a sua mente estiver apegada aos desejos mundanos, não bastará simplesmente que se afastem para escapar a eles! Ainda que se achem na floresta, a sua mente poderá estar vagando na praça do mercado! Por outro lado, embora estejam no mercado, poderão assegurar, por meio de disciplina espiritual, um pouco de paz no coração, mesmo no meio da via pública mais movimentada. A mente pode construir um refúgio silencioso para vocês ou atá-los em nós complexos; ela prende e afrouxa as amarras. Se não houver vazamentos no seu barco, vocês poderão navegar com segurança no mar da vida mundana. Caso contrário, através dos furos da luxúria, da raiva, da cobiça, da ilusão decorrente do apego, do orgulho e da inveja, as águas da vida mundana penetrarão nele e o afundarão, arrastando-os para além do alcance da redenção. Portanto, não permitam que a água entre no barco; estanquem todos os vazamentos. Então não precisarão temer o mundo e poderão se beneficiar de todas as oportunidades que ele oferece para treinar os sentidos, expandir os afetos, aprofundar as experiências e fortalecer o desapego! (Discurso Divino, 28 de março de 1967)

Sri Sathya Sai Baba

21 de março de 2024

Para se levar uma vida plena, o estímulo constante que vem do Deus Interno é de grande ajuda. Pode-se obtê-lo simplesmente com a recitação constante do Nome do Senhor e o recurso às fontes interiores da Divindade. O Nome de Deus é um instrumento tão valioso para conquistar a Sua Graça, ter a percepção da Sua presença, visualizar a Sua forma e recordar a Sua glória que, mesmo se for repetido de todo o coração uma vez pela manhã e outra à noite, ele fará da casa de vocês um verdadeiro lar, não uma caverna! Sim, a chama do Nome Divino, quando acesa, ilumina a casa, e esta passa a ser um lar, em vez de uma caverna! Entretanto, uma lamparina acesa em um cômodo poderá se apagar quando o vento entrar pelas janelas. Os sentidos são as janelas que, se estiverem abertas, impedirão que a chama do Nome Divino queime continuamente. Portanto, mantenham as janelas externas dos sentidos fechadas para as influências que atraem e se concentrem no Nome do Senhor e na sua beleza e doçura! (Palavras de Sathya Sai, vol. 6, cap. 27)

Sri Sathya Sai Baba

22 de março de 2024

Vocês precisam ler os jornais para saber quão louco e insensato é o mundo, como é fútil o heroísmo e quão transitória é a glória. Após examiná-los atentamente para se inteirarem das notícias que trazem, vocês simplesmente os descartam, pois passaram a ser uma perda de tempo sem sentido. Similarmente, vivam apenas uma vez; ou seja, vivam de maneira que tenham um único nascimento. Não se deixem seduzir pelo mundo a tal ponto que a sua falsa fascinação por ele os faça retornar repetidas vezes a esse amálgama ilusório de alegria e tristeza. A menos que se distanciem um pouco do emaranhado no qual se acham neste mundo e reconheçam que tudo é uma peça dirigida por Deus, estarão em grande risco de se envolverem demasiadamente com ele. Usem o mundo como um campo de treinamento para o sacrifício, o serviço, a expansão do coração e a purificação das emoções. Esse é o único valor que ele tem. Não desperdicem o seu tempo em vão; façam de cada momento um cântico devocional. Compreendam o propósito de tais cânticos e da recordação do Nome do Senhor e se dediquem de todo o coração a essas práticas. Extraiam o máximo benefício dos anos de vida que lhes foram concedidos. (Discurso Divino, 28 de março de 1967)

Sri Sathya Sai Baba

23 de março de 2024

Um senso de valor real deve influenciar cada escolha que se faz. O objetivo é obter a plena percepção de Deus, a percepção da realidade de que o mundo material é apenas aparência! Isso é algo que não se deve deixar cair no esquecimento. Enquanto vocês agirem com a intenção de se beneficiarem, terão que arcar com as consequências e vivenciar tanto a alegria quanto a tristeza, pois nasceram para lidar com ambas. Assim como um prisioneiro é acompanhado por dois policiais quando é transferido de uma prisão para outra, as consequências das ações praticadas, sejam boas ou más, são os policiais que escoltam o ser humano de um nascimento a outro! Se vocês desejam escapar à atenção deles e evitar que sejam transferidos de uma prisão para outra, ajam sem calcular as consequências. Ou seja, não se preocupem com elas; deixem isso para Deus, que motivou e tornou possível a ação. Dediquem a ação, a vontade, o desejo – tudo a Deus. (Discurso Divino, 11 de novembro de 1966)

Sri Sathya Sai Baba

24 de março de 2024

Todos os seres são como flores que vicejam e fenecem antes que o dia termine; porém, à semelhança desta guirlanda que Me ofereceram quando cheguei, todos eles estão enfiados em um cordão eterno e indestrutível denominado Brahman – o Divino, o Absoluto. Estabeleçam na mente de vocês essa atitude não dual; ela tornará o serviço que prestarem mais agradável e proveitoso, mais gentil e prazeroso para quem o receber. Sem essa atitude, o ato de fazer o bem ao próximo se torna mera ajuda material prestada por pessoas mais favorecidas a gente mais humilde e necessitada. Toda ajuda desse tipo causará suspeita e ressentimento; estará contaminada tanto na origem quanto na destinação. É claro que não se deve tratar a todos igualmente, usar para todos a mesma receita. Sirvam a cada um de acordo com a sua necessidade e capacidade específicas, de modo que se beneficiem do seu auxílio. O Ser Interno é o mesmo em todos, mas não se deve pôr uma faca nas mãos de um louco nem entregar um colar de ouro a uma criança. A criança jogará fora o colar, e o louco poderá cortar a garganta de alguém. (Discurso Divino, 4 de novembro de 1965)

Sri Sathya Sai Baba

25 de março de 2024

O príncipe Arjuna foi instruído a entrar em uma batalha, reconquistar a sua parte no reino e garantir ao povo um governo justo em um ambiente no qual as pessoas pudessem ter êxito nos seus esforços para alcançar a salvação. Ele teve que fazer isso com espírito de dedicação e entrega à Vontade de Deus, sem se importar com os seus gostos e aversões pessoais e a despeito das consequências que poderiam advir das suas ações desprovidas de egoísmo. Eis por que a Bhagavad Gita aconselha o serviço à sociedade como o serviço altruísta mais elevado e a disciplina espiritual mais benéfica. É uma obrigação da qual não se pode fugir; é preciso usar a comunidade em que se nasceu para sublimar o egoísmo e obter a própria salvação. O serviço desinteressado, realizado como disciplina espiritual, ensina a adquirir fortaleza de espírito. Até mesmo os Avatares demonstraram, nas suas vidas, a suprema importância desse serviço. Quando Dharmaraja, irmão de Arjuna, a conselho do sábio Narada, realizou um grande ritual védico de sacrifício para reverenciar o seu falecido pai, o Senhor Krishna compareceu à cerimônia e solicitou que lhe fosse confiada alguma tarefa. Preferiu a que consistia em recolher as folhas de bananeira que serviam de prato às milhares de pessoas que eram alimentadas todos os dias! (Discurso Divino, 11 de janeiro de 1968)

Sri Sathya Sai Baba

26 de março de 2024

O objetivo da ação é a sabedoria e, para a sabedoria, a base é a ação. A combinação das duas, na prática, é serviço altruísta. A mente é purificada por meio da conduta correta, e uma mente pura conduz à Bem-Aventurança do Ser Interno. É necessário, portanto, que cada um cumpra os deveres que lhe são impostos. O principal dever do ser humano é realizar boas ações com um coração puro. Entretanto, não deve haver nenhum sentimento de egoísmo: “Eu fiz essas boas ações”. Não é correto nutrir o mínimo desejo de desfrutar dos frutos de tais ações. O egoísmo e o desejo são a origem da servidão ao karma. O desejo constitui a barreira entre a mente pura e a devoção ao Ser. O verdadeiro sacrifício consiste em considerar a realização da ação correta como um dever e, ao mesmo tempo, evitar o egoísmo na conduta e o desejo na motivação. Karma Yoga, ou seja, a Ioga da Ação, ensina como devem ser realizadas as ações. Ela ordena o cumprimento do dever pelo dever: “Ioga é excelência em ação”. Permite ao ser humano reconhecer em si mesmo a imagem do Divino. (Discurso Divino, 17 de novembro de 1985)

Sri Sathya Sai Baba

27 de março de 2024

Compreendendo que cuidar do corpo não é de todo importante, é preciso suportar pacientemente até mesmo a fome e a sede e estar continuamente empenhado na contemplação do Senhor. Por outro lado, discutir por coisas insignificantes, perder a paciência, sentir-se triste diante da mais leve provocação, enraivecer-se ao menor insulto, ser incapaz de resistir à sede, à fome e ao sono – estas jamais serão as características de um aspirante espiritual! Acaso poderão ser iguais o arroz no seu estado natural e o arroz cozido? A dureza do arroz cru está ausente no arroz cozido. O grão cozido é macio, inofensivo e doce; já o grão cru é duro, presunçoso e cheio de ilusão. Sem dúvida, são de ambos os tipos as almas individuais e os seres humanos! Mas aqueles que estão imersos em ilusões externas são “seres humanos”, e aqueles que estão imersos em ilusões internas são “aspirantes espirituais”! (Prema Vahini, cap. 59)

Sri Sathya Sai Baba

28 de março de 2024

Quando o Nome de Deus é pronunciado pela língua, e a Sua imagem adorada pela mente, tais ações não devem descambar para mera rotina mecânica. O significado do Nome e a essência da Forma Divina devem, ao mesmo tempo, inspirar e iluminar a consciência. Fujam da rotina; envolvam-se em uma atitude de profunda e sincera adoração. Esse é o caminho para a obtenção da paz e do contentamento – objetivos aos quais se deve direcionar e dedicar toda atividade humana. Mas como esperar colher mangas plantando uma muda de algodoeiro? Ajam agora mesmo! O maior de todos os problemas – a conquista da paz e do contentamento – é urgente. Se estiverem com fome agora, não poderão esperar até amanhã para fazer uma refeição; por outro lado, não comerão agora por terem receio de sentir fome amanhã. Comam quando estiverem com fome, nem antes nem depois. Almejem agora, prestem adoração agora e conquistem agora a paz e o contentamento! (Discurso Divino, 5 de março de 1968)

Sri Sathya Sai Baba

29 de março de 2024

Compreender que o serviço a Deus e o serviço à humanidade são a mesma coisa depende do destino, das ações passadas e da disciplina espiritual de cada indivíduo. Até que se compreenda essa equivalência, é preciso fazer meditação e repetir o Nome de Deus para que a mente fique livre das ondas de sentimentos e seja preenchida com a Forma Divina. Deve-se, além disso, realizar ações para o bem-estar do próximo. Dediquem o seu tempo a servir à humanidade, sem se importarem com os resultados; assim vocês serão abençoados. Caso contrário, ainda que o seu corpo esteja inativo, a sua mente estará muito ocupada, praticando atos por conta própria. Pessoas com esse tipo de mente são presas do karma, ou seja, da ação, mesmo sem fazer nada! Por outro lado, aquele que tem a mente fixa na contemplação de Deus e na busca da Verdade não será afetado por nenhum ato de serviço à humanidade praticado pelo seu corpo e pelos seus sentidos. Isso porque, ainda que realize ações, isto é, karma, ele não está ligado à ação, ou seja, ao karma. A lição transmitida pela Bhagavad Gita está inserida nisso. (Prema Vahini, cap. 72)

Sri Sathya Sai Baba

30 de março de 2024

Encarnações do Amor! A disciplina é o princípio vital primordial para todo ser vivo. E, para todo ser humano, ela é como a espinha dorsal. Disciplina significa o cumprimento irrestrito de certas regras e regulamentos. Tais regras regulam a vida do indivíduo e o conduzem ao caminho do bem. Na sua ausência, ele encontraria a derrocada. Sem disciplina não pode haver bem-estar. A humanidade não consegue sobreviver sem regras e regulamentos. Toda a raça humana será exterminada se não houver disciplina. A disciplina não pode ser adquirida em livros nem ensinada por professores. Ela deve se tornar um hábito natural na vida diária. É essencial segui-la em todos os momentos da existência, de manhã à noite. Ela é necessária para toda comunidade, sociedade, raça e nação. Mesmo no campo da política, a disciplina é fundamental. Nenhuma sociedade, nação, sistema político ou raça pode existir sem ela. A disciplina gera a unidade entre as pessoas, entre o indivíduo e a sociedade e também entre as sociedades. Ela é, por conseguinte, a marca distintiva da vida humana. (Discurso Divino, 19 de junho de 1996)

Sri Sathya Sai Baba

31 de março de 2024

Quando Jesus estava agonizando na cruz, uma voz vinda do Céu disse: “A morte é a vestimenta da vida”. O corpo é o traje que o Espírito Divino veste; portanto, não devemos chorar quando o corpo se desgasta, enfraquece ou se fere. A morte é um evento, é a própria natureza do corpo. Os seres humanos procuram a causa da morte, mas ninguém busca a Fonte Divina da vida. Durante o breve período da sua existência, dediquem-se a glorificar a Deus e a realizar a Sua obra. Deus encarnou na forma humana para inspirar a humanidade a seguir ideais mais elevados, não apenas na Índia, mas também em outros países. As pessoas podem falar idiomas diferentes e ter estilos de vida diversos, porém Deus é um só e está presente em toda parte. Todas as religiões falam de Deus como o Amor que se pode alcançar por meio do Amor. As formas de adoração a Ele diferem, pois são moldadas pelo tempo e pelo lugar, mas o elemento fundamental de todas elas é o Amor. A linguagem do Amor é compreendida e falada por todos os corações. Existe apenas uma raça, a raça da humanidade. Essa foi a vida e a mensagem de Jesus. (Discurso Divino, 25 de dezembro de 1979)

Sri Sathya Sai Baba

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