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01 de abril de 2024

Vocês vagueiam de um lugar para o outro como encomendas postais, coletando impressões na embalagem externa e não no âmago do seu ser interno. Assim como um cego que se desloca sem se preocupar se é dia ou noite, vocês não distinguem entre um templo e outro. Em todos os lugares, vocês se comportam da mesma maneira: igualmente indiferentes, igualmente centrados nos sentidos. Vocês não permitem que a santidade do local sagrado aja sobre suas mentes. Como resultado da peregrinação, seus hábitos deveriam mudar para melhor, sua perspectiva deveria se ampliar, sua visão interna deveria se tornar mais profunda e vocês deveriam crescer em firmeza. Vocês deveriam alcançar a percepção da onipresença de Deus e da unidade da humanidade, e aprender a ser tolerantes, pacientes, caridosos e prestativos. Quando a peregrinação terminar, sentados em seus próprios lares e refletindo sobre suas vivências, vocês deveriam se comprometer a buscar a experiência mais elevada, rica e autêntica de realização divina. Eu os abençoo para que nutram essa determinação e, se esforçando passo a passo, alcancem a Meta. (Discurso Divino, 28 de fevereiro de 1964)

Sri Sathya Sai Baba

02 de abril de 2024

A palavra sânscrita “udasina” significa indiferença em relação à tristeza e à alegria, à perda e ao ganho, à honra e à desonra. Vocês devem se preocupar apenas em verificar se as suas ações são puras e altruístas, de acordo com a sua consciência. Nada mais importa, nem elogios nem críticas que venham a receber. Se a sua consciência lhes diz que o que estão fazendo é bom, vocês podem seguir em frente, sem dar importância à opinião alheia, seja de parentes, de amigos ou de outras pessoas. Esse é o verdadeiro significado da palavra “indiferença”. Não se deixem influenciar por medos ou ameaças. Nesse contexto, é aconselhável que aqueles que prestam serviço desinteressado ao próximo se mantenham afastados da política. Às vezes, movidos por um desejo de reconhecimento ou de publicidade, poderão se sentir tentados a cultivar relações com quem está no poder. Essa tentação corrompe a mente. Desenvolvendo “espírito de indiferença”, no seu verdadeiro sentido, vocês devem procurar servir a todos com sentimento de amor. A indiferença não deve assumir a forma de arrogância ou de condescendência ostensiva. Sigam o que é certo e afastem-se do que é errado. Esse é o “espírito de indiferença” mais elevado. (Discurso Divino, 20 de novembro de 1990)

Sri Sathya Sai Baba

03 de abril de 2024

No mundo moderno, todos fazem árduos esforços para alcançar a paz, realizando diversos tipos de disciplina espiritual. Mas não se pode obter a paz por meio de buscas espirituais. Não é possível alcançá-la nem mesmo pelo conhecimento dos textos sagrados ou ocupando posições de autoridade ou destaque na sociedade. Somente pela Graça de Deus se consegue obter a paz. Embora as pessoas almejem a paz, encontram numerosos obstáculos no caminho. Quem viaja de trem provavelmente está familiarizado com a frase “Menos bagagem, mais conforto; faça da viagem um prazer”. Atualmente, porém, o ser humano se sobrecarrega com desejos ilimitados e, devido a essa pesada bagagem extra, acha imensamente difícil prosseguir com a sua jornada na vida. Em consequência da proliferação dos desejos, ele perde a estabilidade, se distancia muito do seu objetivo e pode até enlouquecer. É por isso que tenho enfatizado a necessidade de se estabelecer um limite aos desejos. Ao limitá-los, é possível desfrutar de paz até certo ponto. Vocês devem exercer controle sobre os seus desejos e envidar esforços para conquistar a Graça Divina. (Discurso Divino, 25 de abril de 1998)

Sri Sathya Sai Baba

04 de abril de 2024

É necessário cultivar tanto a pureza interna quanto a externa. A pureza do corpo está relacionada ao físico e abrange ações que têm por objetivo a limpeza, tais como tomar banho, usar roupas limpas, comer alimentos puros e assim por diante. No entanto, a mera limpeza externa, sem a pureza interna, é desprovida de valor. Todos, desde o erudito até o indivíduo comum, se preocupam apenas com a limpeza externa, negligenciando a pureza do coração no interior de cada um. Contudo, por mais puros que sejam os ingredientes, se o recipiente em que forem preparados não estiver limpo, o alimento será contaminado. O coração do ser humano é o recipiente, e ele deve garantir que o seu coração se mantenha puro e imaculado. Todos devem se dedicar ao serviço altruísta como um meio de purificar o coração. Concentrem-se nesse tipo de serviço e evitarão que a sua mente seja poluída por apegos e aversões. Somente quando se tem um coração puro é que se pode realizar serviço altruísta. Por conseguinte, tanto a pureza do corpo quanto a da mente são essenciais para um bom devoto. (Discurso Divino, 20 de novembro de 1990)

Sri Sathya Sai Baba

05 de abril de 2024

Manter a equanimidade diante do prazer e da dor, assim como do elogio e da crítica, é tarefa difícil, que não se pode cumprir com o uso de erudição. Talvez alguém se pergunte como seria possível para um ser humano manter essa equanimidade. Deve-se, então, indagar quem está criticando e quem está sendo criticado. O ideal seria considerar que o objeto da crítica é o corpo. Afinal, nós mesmos o condenamos como um recipiente de excrementos, como urina, fezes e outros, constituído somente pelos cinco elementos. Nesse caso, por que você se deixaria afetar pela crítica? Por outro lado, se o alvo da crítica é o Ser Interno, lembre-se de que Ele está presente em ambos, naquele que critica e naquele que é criticado. Isso significa, portanto, que o autor está criticando a si mesmo! Tanto o elogio quanto a crítica dizem respeito apenas ao corpo – é preciso reconhecer essa verdade e agir de acordo com ela. Se você achar que alguém o está criticando, estará aceitando o conteúdo da crítica. Mas se, ao contrário, afirmar que não é o alvo da crítica, você não a receberá e, como uma carta registrada, ela voltará para o remetente (Discurso Divino, 25 de abril de 1998)

Sri Sathya Sai Baba

06 de abril de 2024

No mundo existem, de um lado, a atração pelo caminho do prazer e, do outro, a atração pelo caminho do propósito mais elevado. Aqueles que buscam a satisfação dos prazeres dos sentidos seguem o caminho do prazer. Somente os espiritualmente sábios, por serem indiferentes aos fugazes prazeres mundanos provenientes dos sentidos, praticarem austeridades e possuírem um coração puro, seguem o  caminho do propósito mais elevado. Esses dois caminhos abrangem todos os desejos possíveis dos seres humanos. Há, no entanto, um terceiro caminho que transcende a ambos e se caracteriza pelo estado ao qual se chama de anapeksha. Ele é definido como “ausência de desejos”, mas isso não é totalmente correto. O verdadeiro estado de anapeksha se manifesta quando o indivíduo abandona o sentimento de ser “aquele que age” e “aquele que desfruta”. Isso significa que se deve renunciar inteiramente à ideia de ser o agente da ação e também ao prazer de desfrutar de objetos desejados. Esse é o estado que se pode verdadeiramente descrever como “ausência de desejos”. Ele só prevalece quando se realiza toda e qualquer ação como uma oferenda a Deus. Quando esse sentimento preenche o coração do devoto, o Divino lhe confere bem-aventurança. Tal devoto é querido pelo Senhor. (Discurso Divino, 20 de novembro de 1990)

Sri Sathya Sai Baba

07 de abril de 2024

Isolar-se em um aposento e oferecer incenso e flores a uma foto ou imagem de Deus, cantar ou recitar a Sua glória são substitutos muito pobres para a disciplina espiritual que liberta da ignorância. Todas as criaturas são imagens de Deus, tal como todos os seres humanos; sendo assim, por que se isolar? Toda a Criação marcha em uma peregrinação até Ele; por que, então, se comportar como se estivesse fazendo essa jornada sozinho? Você acredita que o tempo passado na igreja, no templo ou no altar da sua casa, em devoção e rituais de adoração, é para Deus, enquanto o tempo restante é dedicado a outros propósitos. No entanto, não se pode demarcar e delimitar o âmbito do Divino e o do humano dessa maneira. Deus está sempre com você em todo lugar. O texto sagrado declara: “Tudo isto é Deus”. A sociedade é a escola onde se ensina essa lição àqueles que a buscam com sinceridade. (Palavras de Sathya Sai, vol. 12, cap. 15)

Sri Sathya Sai Baba

08 de abril de 2024

Não desperdicem as suas energias com o jogo tolo de ganhar e perder, acumular e gastar, obter fama, fortuna e felicidade passageiras. Sigam em frente pela estrada régia que leva à autorrealização, sem se extraviarem nos becos de uma falsa felicidade. Isso não significa que devem abandonar familiares e amigos e trilhar o caminho sozinhos. A comunidade em que vivem é a arena onde podem conquistar a vitória e o ginásio onde desenvolvem a habilidade necessária para vencer. A jornada espiritual está assentada na compaixão, na solidariedade, na ajuda mútua e no serviço altruísta, e estes são promovidos pela sociedade e devem ser usados para o bem-estar da sociedade. Se vocês amam alguém, não desejarão exercer domínio sobre essa pessoa; não cobiçarão os seus bens; não sentirão inveja quando ela prosperar nem alegria com o seu sofrimento. O amor é o antídoto mais forte contra a ganância. Esta é, portanto, a disciplina espiritual fundamental: dar e receber amor. (Discurso Divino, 6 de março de 1970)

Sri Sathya Sai Baba

09 de abril de 2024

Olhem para o seu próprio interior e vivenciem a presença de Deus no coração. Esta é a verdadeira essência do Festival do Ugadi, no qual se comemora a chegada do Ano Novo segundo a tradição do Sul da Índia. Reconheçam que Deus está presente em toda parte. Ele é um só, embora as pessoas O adorem por muitos Nomes. Existem diversos doces, mas o açúcar presente em todos é o mesmo. Similarmente, existem diferenças de nome e forma entre as pessoas, mas a Divindade imanente em todas é a mesma. Dizem os Vedas: “A Verdade é uma só, porém os sábios se referem a ela por vários nomes”. Uma imagem de Krishna usando uma coroa com uma pena de pavão ou uma imagem de Shiva com o terceiro olho são apenas representações de Deus. Ele não tem forma; está além de todos os nomes e formas. Portanto, não O limitem a nenhum nome ou forma. Não tenham a falsa ideia de que Deus está apenas neste ou naquele lugar. Contemplem o Senhor presente no seu coração e ganhem a Sua graça. A partir deste dia sagrado do Ugadi, vejam Deus em todos. Considerem cada pessoa que encontrarem como uma Encarnação Divina e a reverenciem. (Discurso Divino, 16 de março de 2010)

Sri Sathya Sai Baba

10 de abril de 2024

Qualidades puras e virtuosas são imanentes ao ser humano, que deve manifestar sentimentos puros, a ele inerentes, e evitar qualidades animalescas e artificiais. Hoje, no entanto, a sua moralidade está em declínio. Com todas essas situações criadas artificialmente, o mundo se tornou um lugar sombrio e sem vida. Se o dinheiro for perdido, poderá ser ganho novamente. Se a saúde for perdida, talvez seja possível recuperá-la. Contudo, se o tempo for perdido, jamais poderá ser recuperado; deve-se, portanto, utilizar de forma correta o tempo disponível. O dinheiro só diminui quando é gasto, porém o período de vida do ser humano diminui naturalmente com o passar do tempo. Todo indivíduo deve estar ciente da espada afiada chamada tempo, que pende sobre a sua cabeça, sempre pronta a atingi-lo. Tenham cuidado! Não se tornem vítimas dessa espada! Diferentemente da saúde e do dinheiro, o tempo perdido jamais poderá ser recuperado. Encarnações do Amor! Para santificar o tempo que lhes foi concedido, realizem ações virtuosas. Boas ações derivam unicamente de bons sentimentos; por conseguinte, cultivem sentimentos puros e divinos. (Discurso Divino, 5 de março de 2000)

Sri Sathya Sai Baba

11 de abril de 2024

O mês do Ramadã é reservado à sagrada tarefa de recordar e praticar os ensinamentos transmitidos pelo profeta Maomé, de modo a se alcançar um estágio verdadeiramente divino de unidade e pureza. O jejum do Ramadã começa e termina com a visão da Lua Nova. Observado com muito rigor, principia ao nascer do Sol e só é quebrado após o crepúsculo. Ele não consiste na mera abstinência de comida e bebida. As orações têm início com o despertar, que ocorre bem cedo, às três ou quatro horas da manhã, dentro do período denominado Brahma muhurta, que significa, literalmente, “a hora de Brahma” e é especialmente auspicioso para a realização de práticas espirituais. Durante todo o dia, busca-se vivenciar a presença constante de Deus – esse é o sentido do jejum. Além disso, evita-se a rivalidade e o ódio é suspenso durante o mês do Ramadã. O corpo, os sentidos e a mente são submetidos a rigorosa disciplina. Marido e mulher vivem separados, embora na mesma casa; mães e filhos seguem o mesmo regime espiritual e se mantém uma atmosfera de fraternidade. Períodos mensais de abstinência são prescritos em todas as religiões. (Discurso Divino, 12 de julho de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

12 de abril de 2024

Hoje em dia, muitos não dão a devida importância à prática de Namasmarana, ou seja, à contemplação e recitação do Nome Divino. É um grande erro. “Nesta Era de Kali, somente a entoação do Nome Divino pode redimir as suas vidas. Não há nenhum outro refúgio”, diz o verso sânscrito. Cantar a glória do Senhor é altamente sagrado. Que cada rua reverbere com o cantar da glória divina. Que cada célula do corpo seja preenchida com o Nome Divino. Nada mais pode conferir a bem-aventurança, a coragem e a força obtidas com essa prática. Ainda que zombem de vocês, não se importem com isso. Podem dizer: “Como é que um alto funcionário do governo faz Namasmarana?” Entretanto, basta possuir um coração para que se tenha o direito de cantar o Nome de Deus. O coração é o mesmo em todos. O que há de errado se um alto funcionário do governo também faz Namasmarana? Todos devem cantar o Nome Divino, sejam jovens ou velhos, ricos ou pobres. Somente os tolos zombam daqueles que recitam o Nome do Senhor. Pratiquem Namasmarana com plena atenção e total dedicação. (Discurso Divino, 14 de abril de 2002)

Sri Sathya Sai Baba

13 de abril de 2024

Vocês são membros da sociedade. O seu bem-estar está intimamente ligado ao da sociedade. Por conseguinte, aspirem ao bem-estar de todos, como expressa a oração Samasta lokah sukhino bhavantu (“Que todos os mundos sejam felizes!”). Evitem a estreiteza mental e cultivem sentimentos elevados para que experimentem bem-aventurança. Este Ano Novo traz consigo alguns bons resultados. A celebração da chegada do Ano Novo não é apenas uma ocasião para saborearem pratos deliciosos. Absorvam sentimentos sagrados e tomem a resolução de levar uma vida proveitosa. O bem e o mal do mundo dependem da conduta de vocês, e esta, por sua vez, é um reflexo dos seus pensamentos. Sendo assim, cultivem bons pensamentos. Só então serão capazes de levar uma vida nobre. Sirvam de exemplo para os seus semelhantes. Deem felicidade a eles e demonstrem compaixão por eles. Falem amorosamente com todos. Mas tudo isso só será possível se vocês conquistarem o Amor Divino. Sendo assim, esforcem-se para serem dignos de receber esse Amor. Cantem o Nome do Senhor de todo o coração. (Discurso Divino, 26 de março de 2001)

Sri Sathya Sai Baba

14 de abril de 2024

Hoje se comemora a chegada do Ano Novo. Mas, na verdade, vocês devem considerar todo e qualquer momento como o início de um novo ano. Muitos se preocupam com as mudanças que o próximo ano trará no campo social, político e econômico. Entretanto, quaisquer mudanças que porventura venham a ocorrer não esperarão pela chegada de um Ano Novo. O fato é que muitas transformações estão acontecendo a todo instante. Vocês podem estar se perguntando que grandes mudanças haverá no ano que se inicia. Ora, o que ocorreu no ano passado se repetirá neste. Não há necessidade de se preocuparem com tais coisas. Preocupem-se, isto sim, com o fato de não ter havido nenhuma transformação no coração de vocês com o transcurso dos anos. Abandonem maus pensamentos, palavras e ações e celebrem a chegada do Ano Novo cultivando sentimentos nobres e divinos. Desfrutem de bem-aventurança reconhecendo o Princípio do Ser Interno não manifesto neste mundo manifesto. (Discurso Divino, 14 de abril de 2002)

Sri Sathya Sai Baba

15 de abril de 2024

A distinção feita entre chefes de família e renunciantes não é realmente importante. O mero uso de um manto ocre não transforma ninguém em devoto. A simples recitação de mantras não purifica ninguém dos seus pecados. Carregar consigo a Bhagavad Gita e proferir máximas em voz alta não proporciona mérito. Somente alguém cujos pensamentos e ações estejam em harmonia pode ser chamado de sadhu, palavra que significa “pessoa santa”. Sadhu não é somente aquele que usa um manto ocre. Na verdade, todos são sadhus. Todos os seres humanos possuem bondade e pureza inerentes e devem cultivar e manifestar essas qualidades internas, em vez de se preocuparem com a vestimenta externa. São os pensamentos puros que revelam a verdadeira bondade e pureza de uma pessoa. Não é necessário usar um manto ocre para se tornar um sadhu. O coração tem que ser puro. Ravana, o rei-demônio, disfarçou-se de asceta para raptar Sita. A sua aparência apenas ocultou as suas más intenções. Portanto, é essencial renunciar às más qualidades. Esse processo trará grande benefício, mesmo que tenha um início modesto. Deve-se dar o primeiro passo quando ainda se é jovem. (Discurso Divino, 7 de janeiro de 1988)

Sri Sathya Sai Baba

16 de abril de 2024

O coração de vocês é o templo de Rama. Contemplem constantemente a presença de Rama, que é imanente no seu coração. Ele está com vocês, no seu interior e ao seu redor, não apenas durante o estado de vigília, mas também nos estados de sonho e de sono profundo. Está eternamente com vocês. Rama não está limitado a uma forma particular. Ele assume inúmeras formas. No entanto, embora as formas sejam muitas, a Divindade que reside nelas é uma só. Portanto, reverenciem a todos os que encontrarem, considerando-os como manifestações de Rama. Agora Swami é louvado como Sai Rama e Sai Krishna, pois encarna os mesmos princípios de Retidão, Amor e Paz personificados pelo Senhor Rama e pelo Senhor Krishna. Deus está presente em tudo. Rama é imanente em todos os seres. Ele está no interior de vocês; de fato, cada um de vocês é o próprio Rama. Estabeleçam firmemente essa verdade no coração e usem o seu tempo de maneira proveitosa. Então a sua vida será preenchida de felicidade eterna. Recitem continuamente o Nome de Rama. (Discurso Divino, 27 de março de 2007)

Sri Sathya Sai Baba

17 de abril de 2024

O santo e poeta indiano Tyagaraja destacou, no Nome de Rama, as sílabas “Ra” e “Ma”, presentes nos mantras “Om Namo Narayanaya” e “Om Namah Shivaya”, associados, respectivamente, a Vishnu e a Shiva. Essas sílabas vivificam os dois mantras, que, sem elas, perderiam o sentido. O Nome de Rama é, portanto, a essência vital desses dois grandes mantras. A palavra “Rama” tem ainda outro significado esotérico. No idioma sânscrito, ela se compõe de três sílabas: ”Ra”, “A” e “Ma”. A primeira representa Agni, o deus do Fogo, que extingue todos os pecados; a segunda simboliza Surya, o deus do Sol, que dissipa as trevas da ignorância; e a terceira se refere a Chandra, a deidade que preside à Lua e acalma a mente, trazendo serenidade. O Nome de Rama possui, assim, o triplo poder de extinguir os pecados, remover a ignorância e serenar a mente. Como transmitir à humanidade o profundo significado desse Nome sagrado? Só a vinda do Divino, assumindo a forma humana e demonstrando à humanidade o Seu poder, é capaz de fazer isso. (Discurso Divino, 5 de abril de 1998)

Sri Sathya Sai Baba

18 de abril de 2024

Se o coração está repleto de todos os tipos de desejos mundanos, não há espaço para o esforço espiritual. Existe uma imensa diferença entre quem se apega às coisas mundanas e quem é devotado ao dharma, ou seja, à Retidão. Essa diferença pode ser ilustrada pelas ações de Drona e de Bhishma – os principais preceptores dos Kauravas – na Guerra de Kurukshetra, descrita no épico Mahabharata. Ambos eram mestres supremos na arte de usar armas guiadas por mantras e no manejo de armas letais. Mas que diferença havia entre os dois! Bhishma era altamente espiritualizado. Deitado em um leito de flechas após ter sido ferido em batalha, com o sangue escorrendo dos ferimentos em todo o seu corpo, ele transmitiu aos irmãos Pandavas ensinamentos sobre a Retidão. Esses ensinamentos fazem parte de um capítulo do épico Mahabharata que trata da Paz e da Retidão. Dronacharya, por sua vez, ao ouvir Yudhishthira, o irmão mais velho dos Pandavas, dizer: “Aswatthama está morto”, imediatamente concluiu que o seu próprio filho havia morrido e desmaiou no campo de batalha. Nem sequer esperou para saber que Yudhishthira, na verdade, se referia à morte de um elefante que tinha o mesmo nome do seu filho. Vê-se, então, que o preceptor Drona ou Dronacharya estava repleto de apegos mundanos, enquanto o preceptor Bhishma ou Bhishmacharya estava impregnado de amor pela Retidão. (Discurso Divino, 16 de junho de 1983)

Sri Sathya Sai Baba

19 de abril de 2024

Se escrevêssemos uma carta, a colocássemos em um envelope com o endereço correto e nele afixássemos um selo postal, ela seria entregue, fosse na rua ao lado ou em qualquer cidade distante, como Nova Delhi, Calcutá ou Mumbai. Nesse caso, não existe proximidade ou distância, seja em relação ao endereço ou ao selo postal. Similarmente, quer estejamos próximos ou distantes de Deus, Ele não faz nenhuma distinção entre nós. Devemos, isto sim, escrever corretamente o “endereço” da nossa fé, que deve ser firme, absoluta e desprovida de dúvidas de qualquer tipo. A carta com o endereço da fé deve ter também o selo do amor, que deve ser altruísta, pois o amor egoísta será inútil. Se uma fé inabalável estiver associada a um amor com essa plenitude, as orações dirigidas a Deus certamente O alcançarão. Uma fé assim se tornou rara nos dias de hoje, em que a autoconfiança está totalmente ausente. Como alguém que não tem confiança em si mesmo, ainda que seja por apenas três dias, poderá ter fé em Deus? (Discurso Divino, 25 de dezembro de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

20 de abril de 2024

O ser humano, atualmente, se encontra sob o domínio de três más qualidades: a raiva, o ódio e a inveja. Elas envenenam a sua mente e, consequentemente, todas as suas ações. Cada palavra que profere é nociva. Todas as ações realizadas sob os impulsos da mente ou dos sentidos são contaminadas, poluídas. Para transformar essas ações e pensamentos maléficos em benéficos é necessário infundir amor em cada um deles. Se a mente estiver repleta de amor, todas as ações ficarão impregnadas de amor. Mas, hoje em dia, o ser humano desconhece por completo o que significa o amor. Ele equipara o desejo ao amor. Acredita que tudo o que deseja é motivado pelo amor. No entanto, esse não é o verdadeiro Amor, aquele que se chama prema em sânscrito – um Amor livre de desejos, totalmente altruísta e sem nenhuma expectativa de recompensa. Prema é um amor que a tudo abrange e não faz distinção entre amigo e inimigo. Esquecendo-se desse conceito de Amor altruísta e universal e se enchendo de desejos egoístas, o ser humano imagina que está repleto de amor. Trata-se, porém, de apego mundano, completamente diferente do Amor espiritual, ilimitado, que emana do Ser Interno no seu interior. É essencial preencher a mente com esse Amor e expulsar os seis inimigos que nela residem, ou seja, a luxúria, a raiva, a ganância, o apego, o orgulho e a inveja. (Discurso Divino, 25 de dezembro de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

21 de abril de 2024

No Cristianismo, o nome “Yeshu” ou Jesus é usado para descrever o Cristo, porém ele vai além de uma simples denominação; também representa a unicidade da Divindade. O significado interno do termo “Yeshu” reside no reconhecimento do Deus único em todos os seres. Mahavira, o fundador do Jainismo, ensinou essa mesma verdade. Quando se permite aos sentidos que sigam o seu livre curso, ocorrem reações de todos os tipos. Só quando se mantêm os sentidos sob controle unificado é que se consegue compreender a natureza da Divindade. Os olhos têm o poder da visão; os ouvidos, o da audição. Os poderes de todos os órgãos dos sentidos – o da visão, o da audição, o da fala e assim por diante – derivam do Divino. É o Divino que capacita os olhos a ver, os ouvidos a ouvir e a mente a pensar e a ter diversas experiências. Somente quando, pela conquista dos sentidos, todos esses processos sensoriais são postos sob controle unificado é que o ser humano se torna um conquistador – um “jina”, como dizem os jainistas. Mahavira recebeu o título de “vencedor” pelo seu domínio sobre os sentidos. (Discurso Divino, 25 de dezembro de 1991)

Sri Sathya Sai Baba

22 de abril de 2024

Para o “eu” individual, o corpo é como se fosse uma carruagem. As diferentes partes do corpo possuem funções distintas, assim como as diferentes partes de um carro. Os quatro objetivos da vida humana – a retidão, a riqueza, a realização dos desejos e a liberação (dharma, artha, kama e moksha) – são as quatro rodas do carro. É preciso encher os pneus com o ar da fé, sem o qual as rodas não conseguem se movimentar, mas elas só poderão fazer isso se forem corretamente direcionadas. Cabe à mente assumir esse direcionamento no que diz respeito ao corpo humano; entretanto, para fazê-la funcionar, é necessário ligar o interruptor de buddhi, o intelecto. O motor da carruagem humana é o estômago; o combustível é o alimento consumido. O condutor do corpo humano é o Divino; é o Ser Interno, o Atma presente em todos. Quando se compreende essa verdade, pode-se alcançar o propósito da existência humana. (Discurso Divino, 23 de setembro de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

23 de abril de 2024

Riqueza e prosperidade são efêmeras; cargos e posições de autoridade são temporários. O alento vital é uma chama que oscila ao vento. A juventude é uma festa fugaz. Prazeres e fortunas são feixes de tristeza. Se o ser humano, ciente disso, dedicar o seu tempo limitado de vida a serviço do Senhor, certamente será abençoado. Busquem refúgio aos Pés do Senhor antes que o alento vital deixe a gaiola do corpo. Essa é uma gaiola aberta! A qualquer momento, o pássaro pode voar para as regiões do espaço. Isso é fato. Os ignorantes não percebem isso; rufam os seus tambores e, rodeados de filhos e netos, proclamam orgulhosamente quão ricos ou felizes são. Infelizmente, a própria estrutura física, tão cuidadosamente nutrida desde o nascimento, se deteriora e tomba. O que dizer, então, daqueles que acham que tais coisas são “minhas”? A sua ilusão é apenas a de uma mente insana. Tudo é falso, tudo é impermanente; são castelos no ar, construções de sonhos. Contemplem essa verdade, aproximem-se do Senhor e O glorifiquem. Somente isso lhes poderá conferir alegria permanente! (Palavras de Sathya Sai, vol.6, cap. 38)

Sri Sathya Sai Baba

24 de abril de 2024

O que Eu quero há de se concretizar; o que Eu planejo há de ter êxito. Eu sou a Verdade, e a Verdade não se curva à hesitação, ao medo ou à submissão. “Querer”, para mim, é supérfluo, pois a Minha Graça está sempre disponível para os devotos que têm amor e fé inabaláveis. Como Eu Me movimento livremente entre todos, falando e cantando, até mesmo os intelectuais são incapazes de compreender a Minha Verdade, o Meu Poder, a Minha Glória ou a Minha real missão como Avatar. Posso resolver qualquer problema, por mais complicado que seja. Estou além do alcance da investigação mais rigorosa e da avaliação mais meticulosa. Somente aqueles que reconheceram e experimentaram o Meu Amor podem afirmar ter vislumbrado a Minha Realidade, pois o caminho do Amor é a estrada régia que conduz a humanidade até Mim. Não tentem Me conhecer com a visão externa. Ao visitarem um templo, vocês se postam diante da imagem de Deus e oram com os olhos fechados, não é mesmo? E por quê? Porque sentem que somente o olho interno da sabedoria pode revelá-Lo a vocês. Portanto, não desejem de Mim insignificantes objetos materiais; em vez disso, anseiem por Mim e serão recompensados. (Discurso Divino, 19 de junho de 1974)

Sri Sathya Sai Baba

25 de abril de 2024

Sathya Sai veio para executar a tarefa suprema de unir a humanidade inteira como uma só família pelos laços da fraternidade. Veio para afirmar e iluminar a Realidade Última de cada ser, de modo a revelar o Divino – a base sobre a qual repousa todo o Cosmos. Veio para instruir todos a reconhecer a herança divina comum que une as pessoas, a fim de que o ser humano possa se libertar da sua natureza animal e se elevar ao Divino, que é o seu objetivo. Eu sou a Encarnação do Amor; o Amor é o Meu instrumento. Não existe nenhuma criatura sem amor; a mais inferior ama pelo menos a si mesma, e ela própria é Deus. Portanto, não existem ateus, embora alguns indivíduos possam não gostar de Deus ou negá-Lo, assim como pacientes acometidos de malária têm aversão a doces, e diabéticos se recusam a ingerir qualquer coisa que contenha açúcar! Aqueles que se vangloriam de ser ateus irão, passada a sua doença, ter apreço por Deus e reverenciá-Lo. Precisei dizer-lhes essas coisas sobre a Minha Verdade porque desejo que meditem sobre elas e se alegrem com isso, e sejam, então, inspirados a seguir as disciplinas estabelecidas por Mim. E que, finalmente, progridam rumo à meta da autorrealização, da plena percepção do Sai que brilha no coração de cada um de vocês. (Discurso Divino, 19 de junho de 1974)

Sri Sathya Sai Baba

26 de abril de 2024

Desenvolvam uma fé sólida, pois esta lhes conferirá todas as experiências espirituais. As Escrituras Sagradas exortam: “Despertem do sono da ignorância e avancem em direção à consciência do Ser”. Encarnações do Amor! Sejam quais forem as suas crenças, tenham fé inabalável em Deus. Todas as coisas do mundo estão sujeitas a perecer. Somente o Ser é eterno e imutável. É lamentável que a grande maioria da humanidade leve uma vida mundana, esquecendo-se de Deus. Façam de Deus o alicerce da sua existência. Continuem a cumprir os seus deveres cotidianos. O dever é Deus; o trabalho é adoração. Espiritualizem todas as suas ações e considerem tudo o que lhes acontecer como uma oportunidade para o seu crescimento. Busquem a união com Deus para alcançar bem-aventurança perene. Quando a vida de vocês estiver enraizada nestas três máximas – jamais se esqueçam de Deus; não corram atrás de objetos mundanos; não temam a morte –,  vocês alcançarão a plena percepção do Atma, isto é, do Ser Interno. (Discurso Divino, 9 de outubro de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

27 de abril de 2024

O Poder Divino não opera sem o esforço humano. Na verdade, todos os indivíduos são dotados desse poder, mas o que fazem é invocar o Poder Divino como um auxílio ao seu próprio poder, que, aliás, provém do Divino. Pelo fato de não reconhecerem que tal poder é inerente a eles, atribuem-no a algo externo, e então alguns devotos tendem a culpar Baba quando os seus desejos não são realizados. Por outro lado, quando os devotos oram com um coração puro, a sua própria pureza contribui para lhes trazer alívio; eles, porém, agradecem a Baba por tê-los salvado. Entretanto, Baba não está envolvido em nenhum desses resultados, que são frutos dos esforços e atitudes dos devotos. Em nossa faculdade há um cartaz com os seguintes dizeres: “O dharma protege aquele que o protege e destrói aquele que o destrói“. Similarmente, se vocês tiverem fé absoluta no Divino, ela os sustentará. Portanto, desenvolvam essa confiança no Ser. Ele não é visível, assim como não são visíveis os alicerces de uma grande mansão. Esta, porém, não se sustentaria sem eles. Analogamente, a autoconfiança é a base da autossatisfação, e o sacrifício de si mesmo constitui o telhado da mansão. Aí se alcança a autorrealização. (Discurso Divino, 9 de outubro de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

28 de abril de 2024

Os devotos devem desenvolver concentração unidirecionada. Não há necessidade de saírem em busca de Deus, que é onipresente. Se desenvolverem uma visão amorosa, poderão ter a visão do Divino dentro de si mesmos. Sem chuva, nenhuma semente pode germinar; por outro lado, sem sementes, nenhuma chuva consegue produzir uma colheita. Assim, o devoto deve plantar as sementes da entoação do Nome do Senhor (Namasmarana) e desenvolver devoção com o auxílio da chuva de graças do Divino. As gopikas, vaqueirinhas devotas de Krishna, oraram a Ele para que regasse os seus corações ressequidos com o fluxo de Amor da Sua flauta. Rogaram-Lhe que a tocasse de tal modo que a essência dos Vedas, ou seja, das Escrituras Sagradas, fluísse dela como música melodiosa. Todos devem se esforçar para transformar o próprio corpo em uma flauta para que a música do Divino flua através dela. O corpo deve se converter em um instrumento adequado para essa melodia; então ele se tornará um meio para o serviço ao próximo. A melhor maneira de amar a Deus é amar a todos e servir a todos. (Discurso Divino, 23 de setembro de 1997)

Sri Sathya Sai Baba

29 de abril de 2024

Os nossos antepassados investigaram a essência da Divindade por muitos meios, porém não lograram êxito em reconhecer a sua realidade. Por esse motivo, começaram a adorar a Natureza. Posteriormente, os indianos adotaram a adoração de ídolos. Toda criatura que nasce neste Universo possui uma forma. Os ídolos, porém, são inertes por natureza e não têm qualidades como a compaixão, o amor, a paciência e assim por diante. É por essa razão que algumas pessoas se opõem à adoração de ídolos. Tal oposição, no entanto, decorre da ignorância. Assim como o dedo indicador assinala um objeto específico – uma flor ou um copo, por exemplo –, os ídolos são como indicadores da Divindade. Contudo, uma vez que se passe a reconhecer a Divindade, não haverá mais necessidade de tais indicadores. Sendo esse o caso, não será tolice alguém se opor à adoração de ídolos? Vocês reverenciam as fotografias dos seus pais e avós, não é mesmo? Por acaso há vida nessas fotografias? Não. Elas também não têm qualidades como a compaixão, o amor, o sacrifício e assim por diante. Então, qual o sentido de reverenciá-las? É que, por meio de tais fotografias, vocês recordam as virtudes que eles possuíam e os ideais que sustentavam. (Discurso Divino, 12 de março de 2002)

Sri Sathya Sai Baba

30 de abril de 2024

Sempre que há um atraso na chegada de um ônibus ou de um voo, os passageiros criticam os responsáveis pela demora. Isso ocorre porque estes não cumpriram os seus deveres com a necessária diligência. Similarmente, todo indivíduo se torna alvo de críticas quando não cumpre adequadamente as suas obrigações. Não se pode dizer que uma pessoa é um ser humano, a menos que ela pratique os Valores Humanos – a Verdade, a Retidão, a Paz, o Amor e a Não Violência. Estes são como os cinco alentos vitais do ser humano. A sua ausência equivale a uma morte em vida. Cada indivíduo é responsável pela sua própria queda, e o ser humano destrói a si mesmo por não praticar tais valores. Encarnações do Amor! O seu bem maior é o amor. Cultivem-no e falem sempre a verdade. A falsidade agrada facilmente, enquanto a verdade pode soar amarga. As pessoas não apreciam o leite que é entregue à porta das suas casas, mas estão dispostas a percorrer longas distâncias para consumir uma garrafa de bebida alcoólica. Nos dias de hoje, a falsidade impera. Contudo, ela pode agradar aos outros, mas não à consciência de vocês. Esforcem-se para satisfazer a própria consciência antes de tentar agradar a outras pessoas. Sigam o caminho da verdade sob toda e qualquer circunstância. No entanto, se houver a probabilidade de que expressar a verdade venha a causar algum mal, permaneçam em silêncio. (Discurso Divino, 12 de março de 2002)

Sri Sathya Sai Baba

 

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